Documentário-Filme: Eventos Finais

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Em 2005 assisti pela primeira vez esse documentário-filme num acampamento de Desbravadores; e foi extraordinário. É uma das únicas obras no qual vemos uma verdadeira e real preocupação com o "conteúdo" e sem muito alarmismo, apesar de colocarem algumas incenações sensacionalistas e alarmistas, mas dá para ter uma vaga idéia.

Ele dá uma visão geral das profecias biblicas que ainda estão por acontecer. Como o decreto dominical, a chuva serôdia, o anti-cristo, as últimas pragas, a volta de Jesus, a presião de Satanás por 1000 anos, o julgamento dos ímpios, o armagedom, a descidada da Nova Jerusalem, a cidade santa, o dia do juizo final, e o Novo Céu e a Nova Terra.

Claro ele não fica dando detalhes sobre cada uma das questões. Para quem quiser recomendo a leitura dos seguintes livros da EGW: "O Grande Conflito" e "Eventos Finais". Ao mesmo tempo concentrar-se bastante nos estudos das profecias de Daniel e Apocalipse, principalmente. Mas o filme é muito bom para quem não tem idéia nenhuma.

Sim, há algumas coisas estranhas no filme, como a música de fundo que parece um arranjo do Tema do Jurassik Park; o apresentador que parece estar num tipo de espaço-nave futurística, e algumas representações feitas não têm muita a ver. Mas é bem sério e objetivo.

Mas vale a pena assistir. A IASD agora o disponibiliza para assistir gratuitamente direto na Net com imagem e som muito boas. E que um serviço de banda dedicado do YouTube que torna bem rápido o carregamento do video.
Para assisti-lo basta entrar nesse link:

Aprendendo Trompete - Parte 3 - Embocadura

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Artigo publicado na Revista Magníficas

Por Fernando Dissenha

Definição
A palavra embocadura vem do idioma Francês: bouche - que significa boca. O Novo Dicionário Aurélio define o termo como "o ato ou efeito de embocar", ou seja, "aplicar a boca a um instrumento, para dele tirar sons". Para os instrumentistas de metal, uma definição aceitável seria: a forma que os músculos da boca, lábios, queixo e rosto se posicionam quando colocamos o bocal nos lábios para produzir o som no instrumento.

Embocadura Eficiente
A embocadura, atuando em harmonia com uma coluna de ar correta, deve ajudar o instrumentista a expressar todas as suas idéias musicais. Uma embocadura eficiente deve ser capaz de produzir uma sonoridade boa, uma grande extensão, variação de dinâmicas, flexibilidade e articulações diversas. Além de tudo isso, a embocadura deve suportar diariamente uma carga de estudos, ensaios e performances que podem durar muitas horas. Os cantos da boca são os pontos mais importantes de uma embocadura eficiente. Pode-se notar que grandes artistas de instrumentos de metal têm sempre os cantos da boca firmes, funcionando como suportes para a pressão que o bocal exerce sobre os lábios. Alguns professores costumam usar a analogia de que os cantos da boca atuam como os postes que seguram os cabos de energia. Para avaliar se os cantos da sua boca estão cumprindo corretamente a tarefa de "suportar" a pressão, repare o que acontece quando você tem algo extenso para tocar. Uma sinfonia de Bruckner ou Mahler para os instrumentistas de orquestras, ou uma obra significativa do repertório da sua banda. Se após essa atividade você sentir os músculos dos cantos da boca "exercitados", diria que a utilização dos mesmos está correta. O cansaço não deve ser sentido nos lábios. Eles devem ser preservados, caso contrário a emissão de som ficará prejudicada.

Verdadeiros Problemas de Embocadura
Observando muitos trompetistas e pesquisando sobre o assunto, posso afirmar que existem algumas situações que realmente podem ser chamadas de "problemas de embocadura". A primeira delas diz respeito a apoiar o aro do bocal na parte vermelha do lábio superior. Normalmente o indivíduo que apoia o aro do bocal nessa região tem problemas sérios de emissão, extensão, articulação e resistência. O lábio superior é o responsável pela vibração. O bocal colocado muito baixo diminui a área de vibração do lábio superior e, sem vibração, não há som. Você pode comprovar isso fazendo um buzzing (abelhinha) sem o bocal. Se você colocar o seu dedo indicador no centro do seu lábio inferior durante o buzzing o som pode até diminuir, mas a vibração não pára. Faça agora o buzzing e coloque o seu dedo indicador no centro do lábio superior. A vibração cessa imediatamente. Obviamente a solução é subir o bocal de modo que o aro do bocal apoie fora da parte vermelha do lábio superior. A segunda situação que deve ser evitada é a "embocadura sorriso", que ocorre quando os lábios são esticados demasiadamente para produzir o som. Para corrigir esse problema, a maioria dos professores orienta os alunos a buscar algo como um "sorriso enrugado". Explicando melhor: a pessoa deve enrugar os lábios (projetá-los à frente) e posteriormente tentar sorrir. Dessa forma, obterá um equilíbrio melhor dos músculos, resultando uma sonoridade melhor.

Posicionamento do Bocal
Regras com relação à colocação do bocal são absolutamente individuais. Cada pessoa possui dentes, lábios e estruturas ósseas diferentes. Seria impraticável obrigar um instrumentista a colocar o bocal num lugar que não é confortável e/ou eficiente. Um pequeno desvio no posicionamento do bocal à esquerda ou à direita é absolutamente normal. Infelizmente alguns instrumentistas tentam criar a "embocadura de foto" como eu costumo chamar. É aquela embocadura absolutamente linda, perfeita e exatamente no centro dos lábios. Só existe um problema: ela pode ser ineficiente. Dessa forma, não recomendo que se desperdicem preciosas horas de estudo em frente ao espelho tentando ajustar a aparência da embocadura. Na realidade a nossa preocupação deve ser sempre como a embocadura soa, e não como ela aparenta. Quando faço essas afirmações quero deixar bem claro que, uma checagem eventual em frente ao espelho é normal e saudável. É importante também que os professores fiquem atentos, investiguem e auxiliem na busca de soluções sobre reais problemas de embocadura. Acredito que orientar o aluno a buscar um bom som é mais adequado do que tentar explicar como cada músculo da embocadura deve funcionar.

Problemas de Embocadura?
Se só existem poucos problemas, o que então causa tantas dúvidas e mal-entendidos sobre a embocadura? O grande artista e professor Arnold Jacobs definiu muito bem a situação dizendo que "a embocadura é o resultado das demandas musicais que são colocadas sobre ela" (Frederiksen, 1996, p. 142). Jacobs dizia que muitos alunos que reclamavam de problemas de embocadura na realidade tinham dificuldades com a coluna de ar e com o posicionamento da língua. Esses são assuntos para próximos artigos, mas é fácil entender que os frágeis lábios vão obviamente sofrer se a pessoa tocar com pouco ar, ou estudar por diversas horas sem o descanso adequado. Imagine também a dificuldade de articular se a língua teimosamente bloqueia a passagem da coluna de ar. Exemplos como esses que citei, podem ser facilmente confundidos com problemas de embocadura, mas na realidade não são. Um outro aspecto extremamente importante é a mensagem que mandamos para nossos lábios quando tocamos. Além do ar, temos que "contar uma estória" como diria o grande trompetista Adolph Herseth. No que se refere à embocadura, é essencial que esqueçamos qual músculo fará o trabalho, mas sim como queremos soar. Em outras palavras, não são os músculos que controlam o som, mas o som que controla os músculos. Eu tenho experiências muito interessantes com relação a essa idéia. No meu trabalho temos sempre um ensaio geral na quinta-feira pela manhã e um concerto à noite. Em várias ocasiões, quando tocamos programas pesados, é inevitável um certo cansaço antes do concerto. Nesses momentos, a melhor opção é pensar na mensagem musical a ser transmitida, e usar o ar da forma mais eficiente possível. Seria absolutamente inútil e improdutivo ficar pensando sobre o cansaço.

Conclusão
A minha intenção é de que esse texto possa ajudar e sirva como mais uma referência aos instrumentistas de metal. Para maiores informações, recomendo a todos três excelentes livros:

The Art of Brass Playing, de Philip Farkas
Arnold Jacobs: Song and Wind, de Brian Frederiksen
Mastering the Trombone, de Edward Kleinhammer e Douglas Yeo

Nesses livros, poderão ser encontradas explicações detalhadas sobre diversos tópicos que citei. É muito interessante observar no livro de Philip Farkas as fotos das embocaduras de grandes artistas do naipe de metais da Sinfônica de Chicago (1962).

FARKAS, Philip. The Art of Brass Playing . Rochester: Wind Music, 1962.
FREDERIKSEN, Brian. Arnold Jacobs: Song and Wind. WindSong Press, 1996.
KLEINHAMMER, Edward e YEO, Douglas. Mastering the Trombone. Hannover: Edition Piccolo, 1997.


Fonte:

Fernando Dissenha (trompetista da OSESP)



Nota:

Também recomendo a leitura de todo o conteúdo e artigos que vemos no site do Dissenha. Além desse excelente material sobre embocadura de Renato Martins Longo de sua monografia de graduação em Música.


E por experiência própria, nos meus pouco mais de 2 anos de estudo em trompete, talvez os maiores saltos que tive foi quando comecei a estudar sobre embocadura, passei a usar e fortalecer a músculatura do canto da boca, a posicionar o bocal mais corretamente; ao mesmo tempo, fazer mais exercícios de resistência, de muitas notas longas, no qual você toca a nota até ficar azul. Acredito eu que considerando bem todas essas informações bem filtradas pelo Dissenha mais esse estudo mais técnico e anatômico da embocadura, o estudante e trompetista podem ser extremamente beneficiados.



Veja também:

Aprendendo trompete - Parte 2

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Não é natural do ser humano tocar trompete, ninguém nasce com uma musculatura e sistema desenvolvido para isso. De modo que, por mais profissional e veterano que possa ser o trompetista, se ele ficar tocando por muitas horas - principalmente algo muito castigante - ele irá cansar, perder resistência e embocadura. Contudo, felizmente, a princípio, qualquer ser humano pode aprender a tocar trompete e condicionar sua musculatura, entre outros para essa finalidade.

Há casos de mesmo pessoas sem dentes, com grandes deficiências faciais, com asma, usando aparelho fixo nos dentes, em cadeira de rodas, sem alguns dedos na mão; homens, mulheres, crianças muito pequenas, até idosos de 80 anos pra lá que tocam trompete. Mas para isso, não é uma pírula que você ingere, não é assistindo um video ou uma música; mas sim muitas e muitas e muitas e muitas horas tocando o instrumento, fazendo diversos exercícios e estudos, de resistência, de articulação, de arpejos, de flexibilidade, de expressividade, de focalização, de trêmulos, de leitura, de técnica, de respiração, de controle da coluna de ar, de controle da lingua, etc. E com o passar do tempo, seu organismo, sua memória, sua mente, seus músculos vão se condicionando para cada vez fazer mais naturalmente e fluência essa intensa atividade física que é o tocar trompete.

Para isso, o ideal é o acompanhamento de um professor de muita experiência. Ao mesmo tempo, de treinar muitos e muitos exercícios, além de métodos que irá desenvolvê-lo gradativamente em vários aspectos. E para isso, o Blog [Por que] ficar de boca fechada?, disponibiliza uma série de exercícios, estudos, métodos e partituras para o trompetista ou aspirante.

Lista do conteúdo


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Tabela de Digitação Básica do Trompete - Weril.pdf
Tabela de Digitação Básica do Trompete Sib - ILUSTRADA - Andrew B. Spang.pdf
Tabela de Digitação do Trompete - Yamaha.pdf
TROMPETE - GUIA PRÁTICO - Jorge Nobre.pdf
TROMPETE - Laurent, Rene.Enseignement de la Trompette.pdf
ARTIGO - Trompete - Cinco exercícios básicos.pdf
TROMPETE - GUIA PRÁTICO - MÉTODO BÁSICO - Governo do Ceará.pdf

Estudos
ESTUDOS - Trompete - Estudos variados de Transposição.pdf
ESTUDOS - Trompete - Estudo de Ritmos - Arban.pdf
ESTUDOS - Trompete - Escalas e Entonação.pdf
ESTUDOS - Trompete - Desenvolvimento da Técnica - Jay Lichtmann.pdf
ESTUDOS - Trompete - Estudo de Registros Agudos.pdf
ESTUDOS - Trompete - Preparando o Bocal.pdf
ESTUDOS - Trompete - Exercícios progressivos para desenvolver a entonação - Claude Gordon.pdf
ESTUDOS - Trompete - Estudos Enharmônicos em Notas difíceis.pdf
ESTUDOS - Trompete - Estudo Adaptados de Melodias Russas.pdf
ESTUDOS - Trompete - Estudo de Arpejos 1.pdf
ESTUDOS - Trompete - Estudo de Arpejos 2.pdf
ESTUDOS - Trompete - Estudo da Técnica - Escala Maior e Menor.pdf
ESTUDOS - Trompete - Escalas Cromáticas.pdf
ESTUDOS - Trompete - Aquecimento no Trompete.pdf
ESTUDOS - Trompete - Melodias em Si menor - JS Bach.pdf

Exercícios
EXERCÍCIOS - Trompete - Escalas (inglês).pdf
EXERCÍCIOS - Trompete - Estudos de técnicas.pdf
EXERCÍCIOS - Trompete - Escalas de Blues.pdf
EXERCÍCIOS - Trompete - Escalas pequenas.pdf

Métodos
MÉTODO DE TROMPETE - Estudos de Flexibilidade.pdf
TROMPETE - MÉTODO - D. GATTI - Volume 3.pdf
MÉTODO DE TROMPETE - ARBAN - Complete Conservatory Method.pdf [A Bíblia do trompetista]
TROMPETE - MÉTODO - Da Capo.pdf
MÉTODO DE TROMPETE - O Som do Trompete - Excelente (295 pags em ingles).pdf
James Stamp - Trumpet method.pdf
MÉTODO DE TROMPETE - Charles Colin.pdf
MÉTODO DE TROMPETE - Cat Anderson (em inglês).pdf

Partituras
PARTITURA - Suite 1 - JS Bach.pdf
PARTITURA - Suite 2 - JS Bach.pdf
PARTITURA - Suite 3 - JS Bach.pdf
PARTITURA - Peça Em Três Pedaços Para Trompete Solo.pdf
PARTITURA - Peças clássicas fáceis para Trompete e Piano - Peter Billam.pdf
PARTITURA - Fantasias 1-6 - GP Telemann.pdf
PARTITURA - Fantasias 7-12 - GP Telemann.pdf
Solo Plus Trumpet with piano accompaniment.pdf
John Williams - Superman March - Orchestral Score.pdf
24 Melodic Studies for Trumpet or Cornet - Oskar Bohme.pdf
PARTITURA - Albinoni - Concerto per Trompete e Orchestra.pdf
PARTITURA - Trompete - Canon - Pachelbel.pdf
PARTITURA - Partita - JS Bach - BWV 1013.pdf
PARTITURA - Hejnal Mariacki - Krakow Trumpet Signal.pdf
TROMPETE - PARTITURA - Godfrey Finger - Sonata para Trompete.pdf
PARTITURA - Noite feliz - 12 Trompete em Bb 2.pdf
PARTITURA - Sonata - JS Bach - 1st Movement Of The Violin Sonata - BWV 1001.pdf

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O blog Aprendiz do Som também disponibiliza um bom conteúdo e material muito interessantes, além de aulas em vídeo.

Ver também:
Aprendendo trompete [1]

Aprendendo trompete - parte 3 - embocadura