Causa x Acaso
O ateísmo, infelizmente, apenas se pode basear em hipóteses teóricas muito peculiares. Quanto a isso, enquanto que o Teísmo possui um arsenal imenso.
O Universo, além da própria vida, aponta e tem perfil de causa. Aliás, até mesmo nas Leis Fisicas, a terceira Lei de Newton diz "Ação e Reação" (causa e efeito). Além disso, há a organização do Universo. Todas as Leis fisicas, naturais, nucleares, constantes e condições com uma precisão praticamente infinita, que são necessárias para o surgimento de uma vida inteligente. Aliás, a própria existencia de uma vida inteligente, de estar pensando, lendo, escrevendo, já é em si um fato extraordinário e incrível.
Além disso, na própria natureza, nas coisas mais 'inocentes' (vamos assim dizer), vemos absurdas complexidades de formas de vida que seguem complexas concepções matemáticas (que por si, são inteligiveis e lógicas), como os números de Fibonacci e a razão aurea; para as quais, nenhuma teoria de "acaso", nem mesmo o naturalismo explica. Alias, diga-se de passagem, a ciência não explica apenas propoem uma teoria demonstrando.
Então, por fim, temos nesse nossa universo; um quebra cabeça enorme. Ou melhor, praticamente uma quantidade infinita de dados jogados ao acaso e que em todos deu a face 6 virada para cima. De modo que se encaixaram perfeitamente várias peças, elementos, números... de modo a dar a precisão necessária para essa vida inteligível que existe. O peso disso é enorme, para se considerar uma causa, um autor intelgiente, sábio, divino, que projetou tudo isso, que encaixou todas essas peças, ou que as criou, ou então, que deu um ponta pé preciso inicial, calculado, para que tudo isso ocorreu como ocorreu e que é o que é.
Bem, o ateísmo de modo algum nega que isso de fato é um grande argumento teísta e tem um enorme peso amostral (estatisticamente falando), que colaborada para a idéia de causa primária e de um autor.
Mas então o que o ateísmo propõe?
Propõe que isso é uma coincidência.
Ou seja, que isso não passa de uma "probabilidade de um caso particular ocorrer". E vamos supor, que essa probabilidade seja da orgem de 1/(10^1000), ou sei lá, algo que tende a ser uma probabilidade infinitamente pequena, precisa, para tal ocorrer.
Mas como o ateísmo pode provar isso? Simplesmente não pode.
Então, há uma proposta: É praticamente uma coincidência.
Porém, isso retoma uma outra pergunta: "É uma coincidência baseado em quê?"
Bem, atualmente, a forma de se considerar uma coincidência, ou seja, algo randonico, aleatório, é estatisticamente diante de uma amostra significativa, no qual não se observa essa aleteoridade.
Mas qual é a amostra? Resposta: Apenas 1. O único caso que podemos ver e que conhecemos, o nosso Universo. O qual tem essa forte indicação de causa primária divina.
Então, eis que surge mais uma teoria: "Talvez existam vários, quase um número infinito de universos paralelos a este. E dos quais, este Universo é apenas apenas 1 entre infinitos, no qual apenas é apenas uma pequena probablidade entre tantos outros;. mostrando que é aleatório."
Porém, essa teoria, claro, não é observável, é apenas uma suposição. Não é físico, mas metafisico (também); logo, o ateísmo até tem que soltar os pés um pouco do naturalismo.
Problema
Contudo, o que está suposição tenta mostrar, ou, melhor, refutar? Que esse Universo como o é, é meramente aleatório. Ou seja, tentando na verdade tirar o peso da argumentação teísta de que todo esse Universo testifica (pelo menos aparentemente) para uma causa especifica, um planejamento, um fim, um propósito.
Porém, ela não prova.
Antes, apenas tinhamos que, a P(A) = 1. Ou seja, a probabilidade da Universo ser como é. Tende a simplesmente ser uma probabilidade igual a 1. E que ele, foi unicamente criado, precisamente criado para ser assim. Ou seja, seria como dizer: "O autor não foi como Thomas Edison, que teve que tentar fazer centenas de vezes uma lampada até que uma desse certo. Mas simplesmente, de primeira, criou exatamente a lampada como funcionaria."
Bem, mas com essa nova proposta do randonico; o que temos é uma amostra maior: A = {..., X} Sendo, X nosso Universo, em talvez a um meio quase infinito de eventos. Então, P(A = X) = 1/∞. Contudo, isso não prova que esse Universo, e essa condição a vida, surgiu de um mero acaso; mas por fim, apenas se atribuiu uma precisão ainda maior para tal caso especifico ocorrer.
Além disso, de acordo com a filosofia estóica (ver parte 2, de Sêneca); a causa primária, o principio divino existe, sobrevive, independente se houver vida na Terra ou não. Se houver Universo ou não. O argumento filosófico vai muito além do randônico. Ou seja, mesmo que, não exista o homem, ele ainda sobrevive. Ou seja, Mesmo que nessa P(A = X) = 1/∞, resultasse, dessa aletoriedade, que o nosso Universo e a vida não ocorresse; isso não diz nada quanto a causa primária dessa multidão de universos existentes; nem contradiz ao principio divino.
Por fim, o ateísmo não consegue (e de fato, está desprovido de ferramentas metafisicas e filosóficas para isto) refutar o teísmo (1). E o ateísmo não possui uma sólida base que possa sustentar a hipótese do ateísmo (de que não existe o principio divino). Então, o ateísmo, por essência, é uma crença, uma fé, "opinião", uma opção, e de modo algum absoluto; assim como o teísmo (retirando o valor do peso dos argumentos). E que não surgiu da observação (talvez, podemos dizer que não surgiu da razão), mas da suposição, e como uma opção contrária ao teísmo.
.....
O Ceticismo
O ceticismo (o cético) reconhece isso. E se baseando também no naturalismo (principalmente) conclui dizendo: "Não há como ter certeza ABSOLUTA, inegável, inconstestável; que destrua qualquer hipótese contrária um dos lados, tanto o teísmo quanto o ateísmo. Então, não vou dar voto para o ateísmo não para o teísmo; vou ser simplesmente cético. Talvez exista, talvez não."
Perfeito. Nesse ponto eu não constesto o ceticismo. Se alguem quer ser cético, ok. Diante que não venha como um ateu tentar contestar o teísmo, e se dizer um cético. Aliás, porém, infelizmente, assim como um costume, um pensamento, resultado nos hábitos e no todo o resto. É comum se ver, que os céticos preferem por optar ter um pensamento prático como um ateu, sobretudo, naturalista, ou seja: "Não sei se Deus existe, mas vou viver como se não existisse. Ou como se não se importasse conosco. Ou como se isso simplesmente não tenha qualquer importância." (então, nesse ponto, quanto a modo de pensamento e vida, pode-se dizer que cético e ateu é farinha do mesmo saco. Ou como a Bíblia diz: "Quem não é por nós, é contra nós.") Mas também, é possível ver um monte de ateu e cético que seguem uma moralidade e ética que têm por sustentação o teísmo; alegando que é um principio socialmente construido, e como são naturalistas, são resultados do meio, logo, se o meio é moral e ético, por consequencia, eles também o são; mas que podem também ser do contra, pois isso não importa, não faz diferença; apenas seriam escória da sociedade.
Veja também:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
2 comentários:
É muito bom encontrar teístas que realmente sabem do que estão falando.
Vou acompanhar seu blog.
Demente, pelo texto, o Kako deve ter sido aluno do Constâncio Ladainha:
h**p://ktreta.blogspot.com/2008/11/vacuidade-existencial-na-ausncia-do.html
Postar um comentário